O Vagalume, A Rosa E O Luar

Num inefável triângulo de amor

Vagueava na noite o vagalume

Beijar a rosa vinha o maroto

Escondido, bem debaixo do luar

Quando o vagalume saiu

O luar abraçou a rosa

Ela toda faceira sorriu

Nessa força amorosa

A rosa pro chão caiu e murchou

O luar sentido cobria seu desbotar

Com um fino manto de prata

Consolado pelo sereno, cantou

Voltou o vagalume a rosa no chão

Nunca sentira algo forte até então

O luar escondido chorava consolado pelo sereno

O vagalume solitário era tristeza

Ao relento ficou seu coração.

Chorou o vagalume suas asas parou

Chorou sem saber chorar, só de dor

Seu lúmen apagou-se tal o desabor

Seu coração sofrido despedaçou

O vagalume em prantos não sabia

Que era amor o que pela rosa sentia

Tudo findou na estrada das poesias

Nestes versos de tristes rimas

Hugo Deff
Enviado por Hugo Deff em 01/04/2016
Reeditado em 10/04/2016
Código do texto: T5591745
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