O Vagalume, A Rosa E O Luar
Num inefável triângulo de amor
Vagueava na noite o vagalume
Beijar a rosa vinha o maroto
Escondido, bem debaixo do luar
Quando o vagalume saiu
O luar abraçou a rosa
Ela toda faceira sorriu
Nessa força amorosa
A rosa pro chão caiu e murchou
O luar sentido cobria seu desbotar
Com um fino manto de prata
Consolado pelo sereno, cantou
Voltou o vagalume a rosa no chão
Nunca sentira algo forte até então
O luar escondido chorava consolado pelo sereno
O vagalume solitário era tristeza
Ao relento ficou seu coração.
Chorou o vagalume suas asas parou
Chorou sem saber chorar, só de dor
Seu lúmen apagou-se tal o desabor
Seu coração sofrido despedaçou
O vagalume em prantos não sabia
Que era amor o que pela rosa sentia
Tudo findou na estrada das poesias
Nestes versos de tristes rimas