METADE DA MULHER AMADA.
E com as minhas mãos, pela mão te levarei ao meu coração, sem falar o teu nome, e sem sede e sem fome, pousarei as tuas asas na minha rede, onde o vento nos levará a asseveração, e além da fronteira do azul, sem passar por qualquer estação, e após visualizarei os teus olhos que brilharão mais que ouro e prata, e eu voarei como uma luz em cascata, em volta do cruzeiro do sul. E por cada lagrima há um aceno de adeus, uma partida seguida de uma saudade, uma vontade de ficar, uma despedida, uma ferida que não vai cicatrizar, e os meus olhos que ficam cegos sem os teus. Pois a metade da mulher amada é a minha tristeza, e a tua metade já não é certeza, para que toda palavra que eu fale da tua pureza, se transforme tudo conforme a tua natureza.