O SONHO ACABOU!

Querendo-te, como jamais quis, te coloquei num pedestal.

Buscando laboriosamente as varias maneiras de fazer para ti a vida, inda mais, maravilhosa.

Quisera todos dias e noites tivessem sido festas aos teus olhos.

Quisera ter tido poderes de modificar os temperos do tempo, realçando-lhes os sabores ao teu paladar.

Quisera ter podido nos momentos mais significativos oportunizar tuas pretensões.

Quisera ter sido mais e mais...

Todavia, o sonho acabou!

Refiz caminhos. E nos retornos fui resgatando capacidades acanhadas.

Numa maturidade bastante serena hoje, rio-me, da panacéia que infantilmente se é capaz de articular quando o imperativo amar desordena a razão, ou quando o amor corre numa só mão.