Amo a vida sem intervalos… Viver sem pausas transpondo muros, abraçando a vida que vai se mostrando afoita, mas leve.

Não sou afeiçoada à janelas e portas. Janelas e portas reportam-me a ausência de liberdade. Olho uma porta, vejo cadeado; olho janelas, vejo cadeados. Como ser livre em meio há tantos obstáculos?

Nasci para a liberdade. Gosto de voar e conhecer meus mundos. Moro em tantos mundos… Sou tantos “eus!” Grades aprisionam – casas têm grades e muros… e eu sou tão livre!

Gosto de chuva, Mas gosto de senti-la na rua, molhando meu corpo, arrepiando minha pele, e eu girando em torno de mim mesma. numa dança ritmada, de braços abertos acolhendo a liberdade.

Amo a vida em continuidade! Posso partir, posso chegar. Posso nem partir nem chegar, apenas ficar. E ficar é fazer opção em conhecer apenas um mundo – é não percorrer outras estradas, não conhecer outros caminhos – é não arriscar o encontro com o desconhecido. Medo? Não sei. Mas sinto-me livre das submissões!
aldinhapoeta
Enviado por aldinhapoeta em 29/03/2016
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