Amargo doce de rio lama
Patrono braço de conquistas
Dessedentou do seco, sertanistas
Revestiu de preciosidades, pobres d’Alma,
Libertou da miséria, ribeirinhos
Contentos no labor
E paz das lavadeiras
Que coaravam roupas e inocência no rio de todos
Dali assuntavam exploradores leais
Pedras, minérios e sonhos
Nas encostas de entalhar olhares
Sob o sabor que o Doce erigiu
Jazigo, lágrima, saudade
No rebuliço vivo das redes, robalos sobre tilápias
Fartura de mesa enfeite prosa fiel
Prece por longos dias gratos a Deus nosso Senhor
Nas noites regadas a calmaria
Pesadelo
Que dor
Morte ao mar doce
Ferido foi o braço que embalava vida
A avareza vomita rejeitos de acúmulo sôfrego
Poluindo a dignidade de tal imponência
Rasgada pela dor dos filhos silenciados pelo horror
Chora, Doce, o amargo caminho de lama
Como a mãe sem leite para suas crias
Foi-se tua magnitude
Olhos á teu caos
Outrora esplendor
Banhada de lágrimas sobrou tua história
Em livros, memórias, poesias e causos
Para paliar a dor do peito de quem um dia te RIO