Segue teu coração
Primeiramente, deixe-me dizer que não quero nada. Já disse, não quero nada. Longe de ser niilista, eu apenas quero dizer que quando o discípulo está pronto, o mestre aparece e o mestre, muitas vezes, é o próprio discípulo, seu guia interior. O guia interior responde, a um só tempo, a uma necessidade (a do discípulo) e a uma potencialidade
(a do senhor de si mesmo). Uma delas é presente, a outra, pode ser latente, mas continua sendo verdade e não é porque não está efetivamente presente que se pode dizer que não existe.
Em segundo lugar, deixe-me dizer que querer é inerente à condição humana e pode ser transformada no mesmo querer do Todo, daí tornando-se amor divino, por excelência.
Em terceiro lugar, deixe-me dizer que o coração não é menor do que a mente, antes é mais sábio e possui essa sabedoria naturalmente, sem questionamentos, sem ressentimentos e sem meias-verdades.
Segue teu coração.