Retratos do Tempo
Que Tardes felizes eram aquelas,
Cheirinho de Café, uma prosa.
Dona Maria contando histórias,
Alegria sincera, tão esmera quanto uma rosa.
Dona Maria plantou uma Arvore, numa dessas tardes,
em frente a sua casinha branca.
Era frágil, e muito dependente dos cuidados dela,
Depois cresceu um pouco, começou a romper a banda.
O tempo passa, ele é implacável, assim como o vento
Dona Maria morreu numa manhã fria de Inverno,
uma dor, uma tristeza, um lamento...
a Arvore desfolhada parecia ter o mesmo destino.
Mas eis que na Primavera renasceu...
Suas folhagens verdejantes nos lembra sua alegria,
Hoje passo em frente a casinha,
Não há mais Café, nem dona Maria,
Só uma saudade que aperta quando vejo aquela arvore..
Retratos impalpáveis que se perderam na nostalgia do tempo.