Incontinência de conduta
Hoje me tornei um garimpeiro
Não fui garimpar, nem diamantes, nem ouro
E sim... Sim, fui explorar minha própria mente
Achando que ela era o garimpo, o lugar,
Onde esperançoso, penetrei procurando.
E já na profundeza de minha mente, fiquei estagnado
Quando vi meu pensamento,
E ele ficou estupefato a me ver ali.
Olhava-me como se eu fosse um mentecapto,
E pensando bem, estava com a razão
Quem em seu bom senso
Entraria em um lugar tão apertado,
Sim... Apertado, pois a mente estava abarrotada.
Repleta de preciosidades, amaranhadas,
Preciosidades literárias.
Então me retirei envergonhado,
Pois não havia necessidade de garimpagem,
E nada para ser explorado, e sim redigido.
Tive então a convicção, que sou poeta
Pois ao redigir minha mente colocava em minhas mãos,
Preciosidades, repletas de poesias lapidadas,
Diante de tudo isso, despedi por justa causa
O garimpeiro.