Passeio # 245
Eu e meus dois amigos,
alegres meninos.
Passeamos pelas ruas da cidade como
quem passeia pelo campo,
olhando para todos os lados,
farejando tudo, as visíveis
e as invisíveis belezas,
O céu parece ter um guarda roupa com um estoque infinito de azuis,
Todos os dias e em todos os momento ele é novo, diferente e belo;
Pinceladas esparsas desenham figuras de nuvens;
Neste momento um rebanho de ovelhas brancas ruma para o sul, guiadas por um pastorzinho chamado vento.
Rudes conceitos de belezas visíveis,
Um grupo de trabalhadores, recolhem os galhos e folhas,
de árvores mutiladas,
restaram os troncos com os galhos feitos braços em súplica,
apontando para o céu.
Árvores tristes, ruas tristes.
Estranhos hábitos, plantam árvores e não as deixam florescer em paz;
Fazem filhos e não os ajudam a desabrochar livremente,
não os educam para o amor,
e muitos deles envelhecerão sem aprender a voar.
Dra. Leia, me diz em telepático silêncio , há que aprender a esperar,
tudo tem seu tempo, a natureza não dá saltos,
meu amigo.
Engulo meu lamento e sigo em frente.