Massacre na poesia

Papéis e projéteis misturados,

em estrofes sem rima,

sem métrica,

sem razão e sem sentido,

onde no lugar da poesia,

o som dos estampidos,

cala a voz dos eruditos,

mensageiros da paz.

As canetas escrevem vermelho,

sangue nas mãos de poetas jovens,

que são como troféus roubados,

por emissários do terror,

insensíveis à beleza e a poesia,

que em nome de um Deus

que não existe,

semeiam ódio e dor.

Poetas deitados,

em meio a folhas brancas,

tingidas de vermelho,

são vítimas de uma insana ideologia,

de uma gente que não sabe

o que é poesia ou amor.

Nesta guerra surreal,

de fuzis contra canetas,

mentes deturpadas

versus corações em festa,

ideias coloridas

contra ideais distorcidos,

que a poesia seja então

a esperança da tolerância,

e que inspiração de um

mundo melhor prevaleça!

*Triste, ao ler sobre um ataque terrorista a um grupo de poetas e estudantes em uma universidade.

Leir Rodrigues
Enviado por Leir Rodrigues em 01/03/2016
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