Massacre na poesia
Papéis e projéteis misturados,
em estrofes sem rima,
sem métrica,
sem razão e sem sentido,
onde no lugar da poesia,
o som dos estampidos,
cala a voz dos eruditos,
mensageiros da paz.
As canetas escrevem vermelho,
sangue nas mãos de poetas jovens,
que são como troféus roubados,
por emissários do terror,
insensíveis à beleza e a poesia,
que em nome de um Deus
que não existe,
semeiam ódio e dor.
Poetas deitados,
em meio a folhas brancas,
tingidas de vermelho,
são vítimas de uma insana ideologia,
de uma gente que não sabe
o que é poesia ou amor.
Nesta guerra surreal,
de fuzis contra canetas,
mentes deturpadas
versus corações em festa,
ideias coloridas
contra ideais distorcidos,
que a poesia seja então
a esperança da tolerância,
e que inspiração de um
mundo melhor prevaleça!
*Triste, ao ler sobre um ataque terrorista a um grupo de poetas e estudantes em uma universidade.