NAS TURBULÊNCIAS DA VIDA

“A empáfia, é igual fermento, faz o transeunte crescer em arrogância, mas não aumenta em nada a sua substância.e ainda o deprecia”

MJ.

Nas turbulências da vida as coisas mudam de rumo

Às vezes não sobram o sumo do que antes planejamos,

Então por acaso ou sorte nos surge um novo norte

E a vida ganha um sentido, nem sempre o preferido,

Mas o que nos foi possível não somos donos de nada

Apenas pra uma estada, fomos trazidos à vida,

Mas esta não tem garantias morremos a qualquer dia

Isto é fato e não se discute, nossos feitos repercutem

Na travessia desta estrada, assim já posso morrer

Já me enchi de viver nesta senda dos horrores,

Onde nos falta respeito e mesmo adorando aos peitos

Em poucos deles este mamou.

Eu procurei no palheiro a pulga que te mordeu

Para saber a razão de tamanha judiação a quem nunca lhe ofendeu,

Depois de muito trabalho do uso intenso da lupa

Eu encontrei a meliante, pequena filha da puta,

Que me disse sorridente, meu ofício é morder gente

Porquanto não te incutas, esta é minha natureza,

Se suguei tua princesa não foi por motivos torpes,

Nada tenho contra ela a mordo desde donzela

Pela minha sobrevivência, mas se te sentes afoito,

Então pratiques teus coitos distante deste estábulo,

Isto aqui não é motel, nem vai levar para o céu

Quem trepa as escondidas, ou pulga desaforada,

Me deixas apavorado ao picar minha querida,

Toda via tens razão cada um com seu quinhão

Nos ditames desta vida.

LUSO POEMAS 23/02/16