réstia de neblinas*
K*
resta tanto outono entre meus versos. as flores ainda jazem adormecidas entre as rimas.
não há brisa entre os frutos e a palavra costurada no peito sangra o inverno que se aproxima.
porque letras prateadas perfumam a lua e mesmo assim a noite me invade em grifos, solavancos e injúrias.
ilusão, frio, frisson...
amplitudes sonham dentro do meu ninho. em cachos prateados encrespam-se meus cílios úmidos de luz.
arritmia do coração, bombeando suspiros doces nas vãs tentativas de escrever-te.
arrepios movem sons no meu palato. trago um retrato teu nas pálpebras em vibrato.
desocupo frases e ausento-me da linha.
faço morada em sorrisos lacrimosos, lábios em eclipse, na face alva esperanças tristes.
um poema se dilui na bruma da minha vida.
não há brisa entre os frutos e a palavra costurada no peito sangra o inverno que se aproxima.
porque letras prateadas perfumam a lua e mesmo assim a noite me invade em grifos, solavancos e injúrias.
ilusão, frio, frisson...
amplitudes sonham dentro do meu ninho. em cachos prateados encrespam-se meus cílios úmidos de luz.
arritmia do coração, bombeando suspiros doces nas vãs tentativas de escrever-te.
arrepios movem sons no meu palato. trago um retrato teu nas pálpebras em vibrato.
desocupo frases e ausento-me da linha.
faço morada em sorrisos lacrimosos, lábios em eclipse, na face alva esperanças tristes.
um poema se dilui na bruma da minha vida.
K*