Pequeno solilóquio no início da manhã
“Amo os seres que me cabe amar. De sua pureza e/ou de sua impureza não serei eu o juiz. Como não sou dona de nada nem de ninguém nem de mim, há muitíssimos mundos já não tenho medo de perder. Os rostos que carrego em mim estão para além de como o mundo os vê. Estão em mim como os sei e como os sinto, na eternidade precária que nos cabe a cada um. Não há inocência em mim, pois tudo sei, pois de nada sei. Sou apenas a que sempre teve que partir antes de partir. Sou apenas a que sempre ficou, por não poder ficar.”
Uma flor de ouro para começar luminoso o nosso dia, amigos.
Uma flor de ouro para começar luminoso o nosso dia, amigos.