Paralelas
Eu e eu, paralelas perdidas na tentativa de um encontro impossível. Vida e vida balançando no agito do vento. Eus que se olham e não se tocam – memória minha no corpo de outro que também sou eu. Um muro acende o grito. Almas estranhas, frias, entardecidas; memórias afogadas no passado, distância triste como um canteiro de margaridas murchas.
Alda Alves Barbosa