PERMITA-ME.

Permita-me uma observação?

O que queres tu deste teu servo?

Queres pesquisar meu acervo,

E dissecar minhas realidades?

Ou queres entender quais maldades,

Foram perpetradas neste ser?

Queres compactuar com o náo morrer,

Antes de provar as delícias da sorte?

Saber que o misterioso sono da morte,

É o eterno sonho do bem viver?

Permita-me uma intenção?

De te mostrar toda minha ausência,

E deliberar no sofrimento, pequena frequência,

Da dor mal resolvida, bem sentida e com calor.

Permita-me mostrar-te o dissabor,

De ter que estar sempre bem disposto,

A agradar-te e saciar teu gosto,

Pelas alegrias em busca da paz,

Mas, as alegrias não são maiores que a pressa,

Que tenho de ser feliz, sem essa,

Tua insensatez, que minha vida desfaz.

Permita-me uma palavra?

Desocupa-me.

Por: Jaymeofilho.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 10/02/2016
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