PERMITA-ME.
Permita-me uma observação?
O que queres tu deste teu servo?
Queres pesquisar meu acervo,
E dissecar minhas realidades?
Ou queres entender quais maldades,
Foram perpetradas neste ser?
Queres compactuar com o náo morrer,
Antes de provar as delícias da sorte?
Saber que o misterioso sono da morte,
É o eterno sonho do bem viver?
Permita-me uma intenção?
De te mostrar toda minha ausência,
E deliberar no sofrimento, pequena frequência,
Da dor mal resolvida, bem sentida e com calor.
Permita-me mostrar-te o dissabor,
De ter que estar sempre bem disposto,
A agradar-te e saciar teu gosto,
Pelas alegrias em busca da paz,
Mas, as alegrias não são maiores que a pressa,
Que tenho de ser feliz, sem essa,
Tua insensatez, que minha vida desfaz.
Permita-me uma palavra?
Desocupa-me.
Por: Jaymeofilho.