Recomeços
Da árvore frondosa se solta uma folhinha.
Arrancada pelo vento que a jogou para um lado e para o outro.
Está verde ainda.
Com a força do vento ela é lançada na vidraça e cai ao chão.
O vento a varre.
Completava um galho recheado de folhas diversas, dispersas.
A tempestade de verão chegou arrasando tudo, destruindo e destelhando casas.
Raios e trovões riscaram o céu ziguezagueando.
A chuva caiu grossa, enchendo ruas e rios, amenizando o calor, trazendo a umidade.
Encharcando o solo, provocando enchentes passageiras ou demoradas.
Mas a chuva passa e o sol volta.
À noite o céu se pinta de negro e trás estrelas brilhantes com uma enorme lua amarela!
A natureza nos ensina sempre!
Assim como a vida, feliz e aparentemente completa.
O amor que parecia eterno ficou vulnerável.
Mas é arrancado da vida assim mesmo.
Misturado ás futilidades, vulgaridades.
Sem confiança o amor não é nada!
As tempestades da vida são mais cruéis passam por cima de tudo, dos sentimentos.
A alma fica triste, sem esperanças.
Vive-se um dia de cada vez.
Famílias ficam abaladas, amantes afastados.
A espiritualidade fica em segundo plano.
Aquela alma confiante fica sensível.
O coração parece se desmanchando aos poucos.
Vulnerável.
Lágrimas escorrem facilmente.
Amores perdidos.
O destino varre as desilusões.
A vida continua.
Aquela alma é erguida aos poucos, outra a sustenta quando vista cabisbaixa.
É a amizade que chegou.
Regada com boas atitudes e fé.
Renasce, brotam novas esperanças.
Porque o amor ainda não morreu.
Estava adormecido.
Deus sempre aquelas almas guiou!