"PAIS MAUS", PAIS BONS. O QUE É MELHOR?​


 
Nasci feia de doer... Nada mudou. Bulling na escola não faltou e nunca desisti de ir. Tinha consciência de que precisava e  nunca  tentei teimar o contrário.
Não sei de onde vinha coragem... Sem calçado apresentável e roupa nunca tinha para variar. Oh vida difícil!
Dá un nó, só de lembrar. Não era santa, brigava, apanhava e batia. Mais capeta que gente... Terrível guria. Sobrevivi. Não conhecia análise.
Ninguém falava nessas coisas lá em casa e na escola muito menos. Eu não ouvia!
Era pobre e pobre não fazia análise, ia direto pro hospício, Escapei.
Meus pais me analisavam todos os dias e difícilmente tinha galhos nas árvores lá de casa. Todos os dias apanhava até quebrar a varinha. 
Graças a Deus! Fui salva de parar em lugares que entristecessem meus pais. 
Os dias são outros... Não fiz o mesmo com os meus filhos, mas levei no psicólogo... Não posso me queixar. Estão bem.
A pergunta é: foram meus pais maus para comigo e fui boa demais para os meus filhos? Não fiquei com traumas. Já os meus filhos sempre se queixam de alguma coisa... Digo sempre que o melhor mesmo é ser "pais maus", no final eles tornam-se fonte de inspirações e os filhos com pouco lugar para traumas e queixas.
 

NATIVA
Enviado por NATIVA em 01/02/2016
Reeditado em 01/02/2016
Código do texto: T5529922
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