QUANDO EU OUÇO OS TEUS PASSOS.

Quando eu ouço os teus passos pisando leve o macio

Já sei que estais no cio pelo teu próprio compasso,

Pois massageias o teu sexo com o quadril em descompasso,

Alem do perfume afoito que pontua a tua nuca,

Sabes me deixar maluco mordiscando tuas orelhas,

E vamos às preliminares com teus dizeres vulgares,

Contidos nas quatro paredes, sendo assim tu me atiça

E a minha libido viça satisfazes aos meus apelos

Eu respeitei o teu hábito achei uma linda vestimenta

Com um crucifixo no pescoço e a tua voz que me acalenta,

Me dissestes dos teus planos fostes sucinta e coerente,

Vinhas de uma desilusão em que um homem sem coração

Mexeu com a tua dignidade, depois de comer teu mel,

Te fez amargar ao fel de uma mulher desonrada

Te dizendo desaforos te remetendo ao choro,

Jogando-te na pior das valas, mas em visita ao convento

Houve um recíproco sentimento e nós dois fomos curados,

Da maldita desconfiança pra qual não se tem fianças,

Exceto estarmos apaixonados.

Conceda-me o teu colo quando o meu coração não mais conseguir irrigar o meu corpo com o sangue necessário para usufruir do momento seguinte, eu adoraria levar desta minha parca passagem pela matéria, a maciez dos teus seios, e o hálito perfumado da tua respiração

LUSO POEMAS, 30/01/16