Bukowiskiando
Eu via você espalhar seu encanto pelas ruas de chuva da capital mineira.
E inteira, aquilo que dentro de você, ninguém por mais íntimo que seja, jamais conhecerá , as chamas dessa sua fogueira. Não imaginaria nem de brincadeira, aquele que só te pensa presa à sua coleira.
Sei a propriedade das mentiras tão necessárias para manterem umedecidos os lábios sequiosos por beijo, na ordem do final dos teus dias. Urrando de tesão, a cada batida do seu voluptuoso coração, tu rebolando quando te pego por trás, fazendo com a tua polpuda bunda inacreditáveis acrobacias.
Inenarráveis detalhes do nosso gozo noite passada, os puxões de cabelo, as suas cavalgadas, o arrepio dos seus pelos, me sentindo atrás de pé, te deixando louca embaixo do chuveiro, enquanto o relógio da sala badalava, como as bolas do meu saco e dos meus pentelhos, te badalando por trás bem no meio do seu traseiro, o relógio da sala penetrando o orifício da meia-noite, com os seus úmidos ponteiros.
Alguns homens pensam que a cidade está dominada, algumas mulheres sentem seus cheiros de esperma, suor, bêbado que escarrou e Azzarro, de janeiro a janeiro, a cada vez que desfilam suas arrogâncias pela balada, a maior parte tentando fugir da solidão e do desespero e da falta de amor.
O encontro de nossas solidões, nos libertou...