Bukowiskiando

Eu via você espalhar seu encanto pelas ruas de chuva da capital mineira.

E inteira, aquilo que dentro de você, ninguém por mais íntimo que seja, jamais conhecerá , as chamas dessa sua fogueira. Não imaginaria nem de brincadeira, aquele que só te pensa presa à sua coleira.

Sei a propriedade das mentiras tão necessárias para manterem umedecidos os lábios sequiosos por beijo, na ordem do final dos teus dias. Urrando de tesão, a cada batida do seu voluptuoso coração, tu rebolando quando te pego por trás, fazendo com a tua polpuda bunda inacreditáveis acrobacias.

Inenarráveis detalhes do nosso gozo noite passada, os puxões de cabelo, as suas cavalgadas, o arrepio dos seus pelos, me sentindo atrás de pé, te deixando louca embaixo do chuveiro, enquanto o relógio da sala badalava, como as bolas do meu saco e dos meus pentelhos, te badalando por trás bem no meio do seu traseiro, o relógio da sala penetrando o orifício da meia-noite, com os seus úmidos ponteiros.

Alguns homens pensam que a cidade está dominada, algumas mulheres sentem seus cheiros de esperma, suor, bêbado que escarrou e Azzarro, de janeiro a janeiro, a cada vez que desfilam suas arrogâncias pela balada, a maior parte tentando fugir da solidão e do desespero e da falta de amor.

O encontro de nossas solidões, nos libertou...

BARTHES
Enviado por BARTHES em 27/01/2016
Código do texto: T5524299
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