Ode
Ode a tudo o que não pude tocar, nem ver, deveras sentir...
Ode ao desejo plácido de querer, e mesmo assim enfraquecer, desprendendo-se de olhos encobertos, chamando a razão tão ausente...
Olha ! Grita meu silêncio aflito, num desentendimento de expectativas idas, e não houve quem quisesse ficar e ainda amasse...
Passa ! Minha ideia de pensamento arde, aquele poema de Caeiro volta, e insisto que lembrar é não ver, e recordar é trair.
Flamejem personagens de uma vida ! Alegrem-se pelo que não fizeram por medo !
E tudo em mim é uma vaga saudade que se perde nas dimensões aquéns de mim...
Recife, 22/08/07.