Ode

Ode a tudo o que não pude tocar, nem ver, deveras sentir...

Ode ao desejo plácido de querer, e mesmo assim enfraquecer, desprendendo-se de olhos encobertos, chamando a razão tão ausente...

Olha ! Grita meu silêncio aflito, num desentendimento de expectativas idas, e não houve quem quisesse ficar e ainda amasse...

Passa ! Minha ideia de pensamento arde, aquele poema de Caeiro volta, e insisto que lembrar é não ver, e recordar é trair.

Flamejem personagens de uma vida ! Alegrem-se pelo que não fizeram por medo !

E tudo em mim é uma vaga saudade que se perde nas dimensões aquéns de mim...

Recife, 22/08/07.

Gabrielle Lucena
Enviado por Gabrielle Lucena em 25/01/2016
Reeditado em 27/03/2016
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