MOFOS

Ressuscito linhas e letras deitadas sobre ninhos de plumas raras, extraídas naturalmente dos peitos dos pássaros.

Caminho entre delicadezas, sentindo sol e chuva, na pele nua, com cabelos soltos, fazendo cócegas na cintura.

Sinto frio e calor ao mesmo tempo; são tempos de ventiladores e cobertores, um tempo muito estranho aqui em minha Oca simples, tempo de fim do mundo!

Aqui aprendo a ressuscitar linhas e letras que dormitavam sobre ninhos de plumas raras, trazendo verdades, mentiras, a morte e o renascimento.......

Preciso de um gatilho que toque meu cerne e nem preciso compreendê-lo, só aceitá-lo; Quando aceito sem sustos, brota intuição e daí converge em letras que saem enfileiradas de dentro, tornando-se prosa, essa conversa intimista, reservada, que me mostra por dentro.

A parte animal que em mim habita calcula e mede, me desconcerta e adoraria como você, ser aquela que cria ao invés de ter sido criada.

Paraliso-me diante da fértil imaginação flutuando no ar como um perfume.... transtornada pela ebulição que eclode do magma central de meu SER afirmo: EXISTO: mas não me lembro de onde vim e nem pra onde vou.

Por quê tem que ser assim?

Arana do cerrado
Enviado por Arana do cerrado em 24/01/2016
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