Sobre o amor
Quando penso em AMOR, eu lembro da história dos 3 porquinhos, eu sei que de imediato parece nada romântico, mas o amor não vive só de romantismo, mas de realidade, mesmo emersa em um pouco de fantasia, que não faz mal à ninguém. Quem não conhece essa história? Pois pronto, a evolução do sentimento se dá filosoficamente a partir do decorrer dessa historinha que já colocou muita criança pra dormir.
A evolução do sentimento assim como o nível que se deseja chegar/ alcançar dependerá exclusivamente da disposição de cada um. Se a disposição sentimental- amorosa de alguém seja só para se divertir, então esse, assim como o primeiro porquinho, fará sua casa rapidamente usando palha. E a gente já sabe como acaba essa cena da história. Embora na historinha seja o vento, nos sentimentos frágeis é a duração e intensidade do fogo que determina o final ou não de cada relação amorosa. E assim é a paixão descompromissada e aventureira, da mesma forma que começou rapidamente, se finda quando o fogo terminar de queimar toda palha, restando apenas cinzas que o vento se encarrega de dispersar. Do nada surgiu e nada voltou a ser.
O segundo porquinho querendo se divertir com seu irmão, fez sua casa de madeira e assim se fundamenta a paixão mascarada de amor, aquela que também surge do nada, ou melhor "da primeira vista", que se confunde entre o brincar e uma frágil segurança sentimental, embora o fogo demore mais para queimar, parecendo que a casa (sentimento) seja resistente, sobrará apenas marcas de queimaduras pelo corpo.
E o terceiro e corajoso porquinho querendo uma casa resistente, que embora demorasse para se construir, poderia usufruir depois pra vida toda, se dispôs a construir uma casa de tijolos, onde o fogo, nem vento, seriam capazes de derrubá-la. E assim é o amor, nada mais é que a disposição e a intensidade de alguém querer construir algo duradouro, resistente. Que mesmo a tempestade, o vento, o fogo, faça ameaçar sua estabilidade, mas não consegue arrancar a sua base. Ambas as partes devem estar dispostas a colocar um tijolo (sentimento) por vez, para ter a certeza de que a morada se consolide.
O amor é construção, mas nem todos estão dispostos a serem pedreiros, quando a maioria só quer ser engenheiro.