DA MULHER QUE AMAVA ... AMAVA ...
Era uma pessoa
singular
Da sua boca
não saia palavras desabonadoras
Pensava ser suas
as tristezas
as dores
do mundo
que disfarçava
com amplos sorrisos
Mas
aos afetos dava
espaço
vez
voz
Distribuia
carinhos e ternuras
a torto e a direito
Seu coração
era um poço de doçuras
Percebia
a brevidade da vida
Por isso
falava de amor todos os dias
Tanto
que o seu mantra predileto era
Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo!
Não se importava
com o que diziam
alguns poucos
Mesmo que parecesse
que estivesse dando
pérolas aos porcos
Fazia isso sem distinção
Achava
apenas
que era sua sina
sua missão