In-continenti...

"Lasciate ogni speranza voi ch'entrare"

*** Dante Aleghieri ***

A contento, todos os continentes além do trono incendiário tal gameta-da-geofagia com arabescos, abalos sísmicos e desmantelos. Levai Leviatã, Nilos, Amazonas, Ganges e Mississipes; gordos trovões, vozes e vespeiros do himalaia; pela luneta o Caronte que se viu ontem, hoje jamais! Juízo, razão, pontos cardeais, quimeras ou, leitura dos entulhos.

Noites mais noites, dia a dia o arquipélago dentro do ovo, tempo-estado, procela, relâmpago. Quanto se paga pela cancela pútrida que já não fede, tonto gado em diáspora? Mas, o rito não é esse, das amebas da Adis Abeba vertendo lágrimas no meio das vísceras do Vesúvio.

De fato, o Oráculo enrolado com correntes e cangalhas, nesse ínterim as pulgas em desatino no desjejum, se desfaz a arroba de ratos na roupa do Rei Arthur. Ora, seminu, novinho em folha, teto solar, direção hidráulica, ar condicionado, freio nas quatro rodas, importado do oriente. E daí? o que mesmo importa-se?

Todavia, o que se exporta do vosso Império é a quintessência do pó do ovo-podre-de-Colombo às costas das pobres pombas para os quintos dos infernos, contudo, lá no precipício nem mais contendas, contentamentos ou criptografia. Também, nada que se justifique o criacionismo, pois o asno sacode as orelhas, nada diz, não sabe do que se trata: há pouca água no dilúvio do manicômio, um doido cheirando o chulé do pé-de-vento, ali o velho barco-furado.

De repente, não menos que de repente

Um Dante desmembrado, vivo-morto

Jaz sem comédia nem Divino, contente

Imune à queda da voz babélica no horto

Ora, senão Pandora obscura, à distância Eva em ovulação expelindo outras ervas, olho-infra-vermelho à cannabis sativa, que tudo vê além da janela do occipício, nisso o capeta em fuga, todos os sentidos, oleodutos, putas, condutas, crocitos, órbitas, crânios e tudo.

Enfim... dito pelo não dito, sem meio, início, Serafim?!