Pedras ao lago.
 
 Vi-me  arremessando-as ao lago,
pensativo, como alguém na vida perdido
nas pedras lançadas, fazia um pedido,
 esperando que as pedrinhas atiradas
nas límpidas águas daquele lago,
movimentadas pelo suave vento que soprava,
fizesse de mim o teu esperado e sonhado amado.
Exausto, embriagado nas lágrimas
misturadas às águas do lago,
com muitas pedrinhas ainda de lado
para como um derradeiro ato
desesperado atirá-las ao lago
e aos seus toques pedir no contar,
na solidão das águas daquele lago.
Triste, correndo voltei à vida, deixando o lago
e as pedrinhas de lado,
sem notar que algumas voltaram,
além de molhadas, é claro,  
traziam saudade da minha amada,
em forma de recado.
Mas tudo não passou, de pedidos perdidos
 nas  lançadas pedras ao lago.
Mário De Oliveira RSA
Enviado por Mário De Oliveira RSA em 13/01/2016
Código do texto: T5509933
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