O VAZIO
Visitei o paraíso dos deuses, andei pelos abismos escuros e sombrios, deitei sobre gramas e espinhos da existência, escutei dos mestres a verdade sobre a vida, compreendi a teoria e ideias dos grandes filósofos, cientistas e místicos, senti o sabor da comida estando com fome, o prazer da alegria e felicidade depois de tempos de tristeza, observei cada objeto e elemento que constitui todas as partes do universo, raciocinei com os pensadores sobre as questões universais, fiquei sabendo de todo o meu passado, do mais antigo ao mais recente, sentindo e vivendo meu presente e assim também sabendo certamente as estastísticas e perspectivas do meu futuro, vôei pelos céus e espaços na minha alma e pensamento, fiz poesias, desenvolvi teorias, acreditei em ilusões e percebi a Verdade, conheço minha história, meu povo, meus antepassados, minha cutulra, minha música e meu prazer, conheci a história de todos os outros também. Observei, vivi, senti, experimentei, vi, ouvi, percebi, andei, sonhei, conquistei, chorei, perdi, ganhei, alcancei e sofri... . Até que nesta situação certa, num futuro que aqui agora falo, apesar de não mais está assim, encontrei um oceano cujo no fundo havia um forte clarão de luz, mergulhando e mergulhando mais e mais foi o que fiz até chegar bem perto do clarão e essa luz tomar conta de mim por completo nos sete corpos que me faz e me constitui, daí não mais eu sentia, pensava, percebia nem mesmo existia, sumi eternamente de todas as partes do Universo, sem corpo nem corpos, nem espírito, nem consciência, nem alma e nem mesmo existência, apenas o Vazio absoluto de tudo e nada mais nem menos restou.