Na minha infância
Na minha infância
Na rua do meio
No bairro do inferninho
A chatice tinha nome e sobrenome
Era Dona Marvina Firmino de Macedo
Ela era chata, mas tão chata
Que nunca aprendeu a assoviar
Só por causa da sua língua fiada
Que vivia dando nos dentes
Quem não tinha a mesma sorte
Era a sua bicicletinha magrela
Mais conhecida de correio deselegante
Que carregava quase cem quilos
Daquela correspondência indesejável