Crime Passional

Matei-o, matei-o calma e dolorosamente, assistindo seu fim sem poder fazer qualquer ato pra impedi-lo partir: matei-o contra minha vontade. Matei-o, pois não nos restava sequer uma chance de viver na plenitude em que começamos, na plenitude em que nos prometemos calorosamente e que dilacerou-se em minh'alma -paciente, alegre e desperta por reais ilusões-. Matei-o, e venho matando-me aos poucos, matando-me com as farpas que restaram de nós e com as lembranças de sua lastimável e árdua partida.

Gabi Frota
Enviado por Gabi Frota em 10/01/2016
Código do texto: T5505998
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