Estalos estranhos
Foi a insônia, e essa dor estranha, e os estalos noturnos
Que me acordaram, é madrugada, e o breu toma conta
Mas já te contei, o medo já passou, e o sono também
A garoa voltou, há frio lá fora, e o quarto é bem quente
Estou com fome, e com sede, necessidades que esqueço
Daqui à pouco chega a manhã, me oferta um café, e pão
Está tudo mudado, não é só escuridão, foi face chorando
Que ocultou os sonhos, e os sentidos aflorados, sensíveis
Ouvindo mais que necessário, é madrugada, cadê o sono?
Será que dorme, o meu bem? Estou com fome, com sede
Com medo, nesse quarto cheio de solidão, é breu lá fora
Aqui dentro, breu, mas há luz na janela, mãos com insônia
Um coração com saudade, e a poesia vertendo sem medo.