Inabalável
Navegando neste mar de recordações
Agitado pelas ondas do pensamento
Sou levado pelo vento da indagação
De ver que alguns navegantes da vida
Parecem ser desprovidos de sensatez
E nunca desenvolvem a capacidade de amar
Mergulhados num abismo individualista
De seu incurável egoísmo obcecado por poder
Como que querendo dominar os sete mares
Sentindo-se o centro vivo do universo
Vivos apenas na volúpia de enganar a outros
Perdem-se no próprio labirinto de seus enganos
Descobrem tardiamente que estão sós
Envoltos por seus trambiques mesquinhos
Naufragam solitários sem chance a resgate
Sendo devorados pelo próprio ego voraz
Chego ao porto seguro da compaixão
E os perdoo de todo meu coração
Lançando as âncoras da paz interior
Desembarco de mais uma viagem no tempo
E em terra firme sem jamais retribuir mal por mal
Prossigo estendendo a mão e fazendo o bem