Inabalável

Navegando neste mar de recordações

Agitado pelas ondas do pensamento

Sou levado pelo vento da indagação

De ver que alguns navegantes da vida

Parecem ser desprovidos de sensatez

E nunca desenvolvem a capacidade de amar

Mergulhados num abismo individualista

De seu incurável egoísmo obcecado por poder

Como que querendo dominar os sete mares

Sentindo-se o centro vivo do universo

Vivos apenas na volúpia de enganar a outros

Perdem-se no próprio labirinto de seus enganos

Descobrem tardiamente que estão sós

Envoltos por seus trambiques mesquinhos

Naufragam solitários sem chance a resgate

Sendo devorados pelo próprio ego voraz

Chego ao porto seguro da compaixão

E os perdoo de todo meu coração

Lançando as âncoras da paz interior

Desembarco de mais uma viagem no tempo

E em terra firme sem jamais retribuir mal por mal

Prossigo estendendo a mão e fazendo o bem

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 30/12/2015
Código do texto: T5494916
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