O Amanhecer
O Sol vem surgindo por traz dos montes, vem tingindo os horizontes, brilhando sem cores definidas, livra-se de uma pequena nuvem e se mostra por inteiro, numa linda alvorada, despertando a passarada, deixando para traz a madrugada, abrindo-se a cortina do dia.
As andorinhas, em bando, riscando o céu, como uma flecha disparada.
O gorjear mavioso do rouxinol, chamando a companheira.
O desabrochar das orquídeas e bromélias, para uma bela e nova florada, estação das flores, iniciando-se a primavera.
Sua luz, ainda, tênue, de calor ameno, dissipando das manhãs o sereno. Céu azul, com pequena aragem do oriente, em direção ao poente.
Alguns trasnoitados, em algazarra, depois das baladas, embebedados, atrapalhando o sono daqueles que ainda dormem.
Os padeiros madrugadores, apressados, para fazer os pães quentinhos, que matam a fome das famílias, no dia-a-dia, de sua grande e seleta freguesia.
Os trabalhadores da cidade, apressados, se dirigem aos trabalhos, pelas noites mal dormidas, ainda sonolentos, para ganhar os seus sustentos.
Nas fazendas os galos cantam despertando a gente simples, que inicia a árdua labuta, da grande jornada, sob penoso trabalho de incessante faina.
As vacas mugem na hora da ordenha, que dão o leite para as crianças, ávidas pelo precioso alimento, a primeira refeição do dia, que é um revigorante sustento.
Os peões em seus cavalos em galopes, juntando o gado no curral para a vacina, que cura e que o rebanho salva.
Nas freguesias, o sino da capela, em som melódico, anunciando um novo alvorecer.
Passam as horas, surge a noite, e novo amanhecer e um novo anoitecer acontecem, tudo se repete, em novo ciclo, de novo tudo se inicia.
Limeira, 03 de Novembro de 2015