A Outra felicidade
Destarte, exausta e temerosa, que encerro o que talvez seja uma última tentativa de ser - até me sinto ofegante quando tento reproduzir esta palavra: outra!
Até aqui, como tentativa de pertencer a este mundo, vivi e convivi com todos os tipos de pessoas - as que eram extremamente bem sucedidas em tudo, ou quase tudo; as que eram o ínfimo da existência; as que pouco me ofereciam, mas muito me doavam; as que teimavam em brilhar mais ou menos do tantas outras; as que nunca se quer ofuscaram o brilho dos outros; as que teimavam; as que desistiam.
Eu tenho a necessidade de ser feliz sem ter que pedir ao outro permissão. Tenho a urgência de ser o que realmente sou, sem ter que me cobrir de encantos que nunca tive. Eu tenho ânsia de ver o mundo com os olhos de quem escreve uma prosa faceira, e regada à veleidade - porque eu cansei de esperar dos outros o que nunca poderão me ofertar.
Não quero encontrar a felicidade plena, eu a quero aos poucos, sem pressa, sem egoísmo. Não quero viver em vão cada proporção desta tal "felicidade".
Não consinta, caso queira, assistir à minha felicidade porque ela não é um espetáculo público, embora transpareça. Para assistir ao que realmente é, e não ao que superficialmente sugere, é necessário ser grande, e como o poeta disse: "Sê todo em cada coisa. Põe quanto és/ No mínimo que fazes" e só assim, quiçá, a nudez da minha alma seja então revelada.