DEPOIS QUE O SOL SE DEITA.

Quando avistei a outra margem olhei pra dentro de mim,

E não encontrei coragem para adiar o meu fim,

Os dragões me assediavam com muita fome e destreza,

Diante da minha fraqueza não me restou muitas saídas,

Pedi guarida ao meu Deus, que sem medir conseqüências,

Me deu a determinação para mudar de status,

Então deixei de ser isca e criei meus obstáculos,

E logo os meus predadores se perderam entre as cores,

Que vislumbravam em mim mudaram de parcimônia,

E pensaram é um demônio que vai nos levar ao fosso,

E assim em carne e osso estou contando a história,

De um dia de muitas glórias lá no sertão de Mato Grosso,

Depois que o sol se deita não demora e vem a Lua,

E as moças saem nas ruas com os desejos mais afoitos,

Muitas delas vão ao coito sob uma árvore qualquer,

Pois é fetiche de mulher fazer inveja a quem passa,

Escutando aquela máxima, me faça gozar bem muito,

Ou de hoje você não passa,

O mundo configurou-se de forma estranha e incerta,

Pessoas sofrem o alerta de que serão massacradas,

Por um contexto qualquer seja homem ou mulher,

Crianças e até idosos, mal fadado ser humano,

Que tem vertentes tiranas, mas lá no confessionário,

Para o emissário de Deus, se diz um homem temente,

Que respeita a sua gente, e sente um amor profundo,

Pelos menos favorecidos que devem ser assistidos,

Com muito amor neste mundo, assim é a nossa raça.

Vale menos que cachaça um estrume nada fecundo

LUSO POEMAS 04/12/15