Alvo do destino.
Já vivi tantos "para sempre"
Já disse tantos "nunca mais" dentro de algumas horas...
E hoje penso como é em vão o pensar.
A pouca vida das palavras
A morte quase que instantânea das certezas
O olhar que se engana com aquilo que vê
Os sentimentos que se enroscam em utopias
Acredito que nunca saberei a verdade de
mim mesma
Até que ponto,em que ponto realmente existirá o ponto
Se prossigo,não sei se realmente estou indo
Talvez esteja voltando
Não sei ao certo o caminho.
Falo da vida como se á conhecesse
Falo de mim me olhando no espelho
E tudo o que vejo é uma superfície de mim mesma.
Me olho,e não me conto nada
Em nada em mim encontro o fim de tudo o
que já passei,o que já vivi.
Sou uma eterna continuidade e nem mesma
sei do que.
Me atrevo a ser flecha...
Mas são tantos alvos
E nenhum deles está próximo.
Arrisco em qualquer direção
Conto com a sorte
Com a firmeza das mãos
Mas não são elas que me definem
Nem me acrescentam aos dias
Fecho os olhos em um "seja o que Deus quiser"
E me atiro
Com medo dos tiros do destino.