HETERONOMIA ou AUTONOMIA? EIS A QUESTÃO!
Antes de começar a argumentar sobre o assunto, vamos definir os termos em questão.
HETERONOMIA, é a fase onde a criança, em seu estado pleno facultativo, tende a seguir regras quais foram impostas a si, ou seja, é o momento da vida do indivíduo em que ele involuntariamente segue as regras da sociedade e do convívio familiar a fim de se colocar como ser integrante do meio. Então, o mesmo se predispõe a seguir as regras para ser compreendido como parte do sistema que o caracteriza.
AUTONOMIA, é a fase onde o adolescente, tendo em vista suas experiências e necessidades, voluntariamente segue suas próprias regras, não desconhecendo as regras da sociedade, mas escolhendo o seu caminho a seguir, ou seja, período onde o indivíduo, conhecedor das regras, desconstitui-as e adota as suas próprias, não que o mesmo não as siga, mas tem seus próprios ideais, e seguindo-as, faz por si mesmo, pelo seu bem-estar, não pelo medo de infringir a moral e o bom costume.
A questão é que os pais inicialmente procuram dar autonomia aos seus filhos. Ensinam, aconselham, protegem, valorizam. Mas ao mesmo tempo, não se preparam para o momento no qual eles se revelam autônomos, isto é grave! (não se reflete a todos, mas grande parte da população).
Famílias se perdem muitas vezes pelos conflitos causados por esta nova fase, pois mesmo que se queira um filho autônomo, não quer-se perdê-lo para o mundo e um filho autônomo não é seu, mas do mundo. Ele acertará, errará, errará muitas vezes, mas ele está caminhando.
O papel da família, nesta fase, é apoiar e recolher os cacos. Tudo o que precisava lapidar, fora lapidado. Encante-se com sua obra! Assista de camarote o teatro da vida de seu filho e quando ele precisar, seja o apoio que seu filho procurará primeiro. Desta maneira você sabe que o seu trabalho foi completo, nenhum trabalho é perfeito, mas mesmo imperfeito, foi bem aceito.
Carpe Diem. Quam minimum credula postero.