Os dois lados de uma mesma vida
Volto a um redemoinho,
onde , a cada giro, me vejo de frente,
amo, mas amo tanto até a me odiar,
polarizo emoções,
preces para alcançar,
preces para esquecer,
Onírico, o que almejava,
Telúrico o que alcançava,
Plácido era o amor,
Turbulento era viver o amor,
Casta orgia, era o binômio,
Definia-se pela forma,
Formato com que se manifestava,
Oceanos ao redor
Ao norte o Ártico;
Ao Sul o Antártico,
Mares de opostos,
Conflituosos, extremam o mundo
E no redemoinho nos vemos,
Ora de frente
Ora do avesso,
Tudo é sim, ou não,
Todos nascemos, é o princípio
E o materialismo histórico conta
E no fim uma redundância...morremos
Roberto Chaim