NA FALTA E NO EXCESSO...
Antes que se diga esquecida de tão longa data,
Digo-te, na lata, o que no verso encabula,
Se no coração ainda pulsa é vontade de ser...
Um verso distinto, inesquecível brandura,
O que te custa o meu nome dizer...
Nem precisa ser em voz alta...
Prefiro os sussurros...
Pois, na essência, são gritos obscuros...
Na linguagem de um coração para sobreviver.
Mas tenha cuidado com o pensar antes da fala,
Ao contrário são ditos impuros que deixam marcas...
E tenha certeza que ardem na pele mais dura...
Uma tatuagem de fúria e um pós se arrepender.
Não! Não precisa ser grande...
Basta o desenho de uma libélula...
Um pingo da chuva ou o caído de vela...
Queimará com a mesma certeza,
Como quem põe à mesa...
A falta da comida... Tristeza,
Na fome saudade, o coração é quem ronca...
Por isso te como... Mesmo de forma platônica...
Pois vale a lembrança do que um dia foi doce...
Do que o vazio de quem não tirou prova...
O amor sempre comprova, seja na fartura ou no excesso...
Que é dele a beleza e o sucesso do sempre mais querer.