NA FALTA E NO EXCESSO...

Antes que se diga esquecida de tão longa data,

Digo-te, na lata, o que no verso encabula,

Se no coração ainda pulsa é vontade de ser...

Um verso distinto, inesquecível brandura,

O que te custa o meu nome dizer...

Nem precisa ser em voz alta...

Prefiro os sussurros...

Pois, na essência, são gritos obscuros...

Na linguagem de um coração para sobreviver.

Mas tenha cuidado com o pensar antes da fala,

Ao contrário são ditos impuros que deixam marcas...

E tenha certeza que ardem na pele mais dura...

Uma tatuagem de fúria e um pós se arrepender.

Não! Não precisa ser grande...

Basta o desenho de uma libélula...

Um pingo da chuva ou o caído de vela...

Queimará com a mesma certeza,

Como quem põe à mesa...

A falta da comida... Tristeza,

Na fome saudade, o coração é quem ronca...

Por isso te como... Mesmo de forma platônica...

Pois vale a lembrança do que um dia foi doce...

Do que o vazio de quem não tirou prova...

O amor sempre comprova, seja na fartura ou no excesso...

Que é dele a beleza e o sucesso do sempre mais querer.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/11/2015
Reeditado em 25/11/2015
Código do texto: T5460030
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