Primeira prosa poética publicada no Recanto - 08/02/08
CHUVA
Ao olhar para o céu, as asas estendidas do enorme pássaro cinzento não souberam me informar claramente se iam para longe ou se voavam em nossa direção.
Quando, mais tarde, o enorme pássaro cinzento possa ter desabado sobre aquele lugar, encharcando o teto dos veículos, inundando ruas, calçadas, pessoas, plantas, insetos e os bichos maiores, eu não estava mais lá.
E porque eu estava bem longe dali quando o enorme pássaro cinzento dissolveu suas pesadíssimas asas sobre tudo o que é estático e sobre tudo o que é passageiro eu, que já não era passageira naquele lugar, só pude guardar-me a imagem de um enorme pássaro cinzento com as asas estendidas sobre nós todos...
Quando, mais tarde, o enorme pássaro cinzento possa ter desabado sobre aquele lugar, encharcando o teto dos veículos, inundando ruas, calçadas, pessoas, plantas, insetos e os bichos maiores, eu não estava mais lá.
E porque eu estava bem longe dali quando o enorme pássaro cinzento dissolveu suas pesadíssimas asas sobre tudo o que é estático e sobre tudo o que é passageiro eu, que já não era passageira naquele lugar, só pude guardar-me a imagem de um enorme pássaro cinzento com as asas estendidas sobre nós todos...