Experiência com o cogumelo mágico!
(9° relato)
- Paciência para alcançar a serenidade da alma e a subjetividade dos transes-
Depois do passeio pelo inferno entendi ainda mais a importância de escolher o lugar com pouca interferência humana, tranquilo e natural; também quem irá participar e seus objetivos; não devem ser ávidos, nem fúteis, como quebrar o tédio ou buscar diversão. A expansão da consciência exige o mínimo de equilíbrio interno além do respeito e humildade diante da imensa sabedoria da natureza. É um preparo corporal-espiritual lapidado lento e a todo instante. Portanto não se deve banalizar a experiência já que qualquer ponto negativo pode influenciar ou inibir o aprendizado do fungo.
Deixei algumas pessoas especiais (que tem o mínimo de conhecimento da luz e respeito à natureza) de sobreaviso; eu tinha os cogumelos e queria experenciar com elas. Bastava proporem um dia bom, um lugar adequado e o resto fluiria. Em contrapartida meu pai, que também tinha algumas gramas, me ligava todos os dias chamando para tomarmos juntos. Como a experiência anterior havia sido delicadamente desagradável, reforcei ainda mais o foco da minha busca: A conexão divina, a serenidade da alma, o sentido do amor, e a paz interior. Então, sentia que meu pai não tinha a mesma vibração que eu e isso poderia atrapalhar um pouco a minha meditação.
Pois bem, as pessoas nas quais haviam feito o convite não se manifestaram. Meu pai me ligou mais uma vez e então já não tinha como negar o encontro. Era uma quinta feira de Julho, convidei Juan e tive que fazer um esforço imenso para concentrar-me e não deixar as coisas externas incomodarem tanto. O caminho foi um teste de paciência e talvez pela provação, em troca, recebi um presente maravilhoso e entrei em transe por diversas vezes durante a sessão.
Tentei escolher um local que ainda não havíamos tomado, depois de alguns argumentos, meu pai acabou convencendo que a mesma prainha de Cotovelo-RN era de fato a melhor opção. Uma praia paradisíaca, pouco acessível e menos frequentada, além das falésias recheadas de vegetação em frente ao mar maravilhoso, fundido no horizonte.
No caminho para o local, enquanto tentava focar meu objetivo de serenidade e estado de não pensamentos, meu pai falava muito, cantava alto e ria de coisas que não me surtiam a menor graça, ao contrário, me entediavam e deixavam distante a sensação de harmonia geral do grupo. Pior, fumava dentro do carro, embora pedisse que não, me deixando sufocada com sua ansiedade, egoísmo e fumaça fedorenta. Juan faltou o trabalho e ao telefone minuciava mentiras para justificar o descompromisso. Tudo aquilo me afetava bastante, ia contra a proposta de verdade e respeito diante o sagrado que nos entrega à beleza de maneira tão desarmada e nos faz ver o quanto somos egoístas e fracos, espiritualmente.
Meu pai estacionou um pouco afobado, fez uma breve oração, ainda sentado do banco de motorista, de forma que estávamos de costas para Juan, este logo desceu do carro envolvido na mentira que não convencia ao celular. Meu pai pegou a taça que havia levado, perguntei por que não tomaríamos no alto da falésia, como fazíamos sempre, de frente para o deslumbre da visão abrangente do lugar, mas ele balbuciou alguma coisa a respeito da taça de vidro que deveria ficar no carro, e logo derramou uma quantidade do suco de cogu e tomou sem esperar a reunião, em seguida entregou-me a taça com a mesma quantidade e tomei, e em alguns minutos, quando Juan desligou o telefone meio desconfortável com a situação em que estava envolvido de mentiras, tomou sua parte. Apenas 1g. para cada um. Faltou coletividade, prática essencial para o aprendizado no Amor.
O cigarro, a ânsia, a mentira, o egoísmo, a falta de concentração, a necessidade fútil de preencher o ego, chamar a atenção, tudo aquilo me distanciava do estado de espírito que tentava esforçada e paciente, captar na alma. Eu estava em um caminho individualmente determinado; Juan e principalmente meu pai, estavam presos ainda no mundo físico da ilusão. Nesse momento tive que fazer um esforço imenso para não sair dali correndo, porque já tinha iniciado e não podia, de forma alguma, fugir das adversidades que são parte fundamental do aprendizado: Manter a tranquilidade. Nada é como projetamos porque do contrário não aprenderíamos a ter jogo de cintura com as diversas etapas e o controle é mais uma ilusão do ego. É preciso trilhar o caminho com sabedoria, assim haverá verdade em toda e qualquer circunstância que a vida nos propuser.
Passamos pelo portão que dá acesso a trilha, na qual se chega à prainha, bastante desarmonizados. Eu hesitava em fugir para dentro da minha solidão, não queria nada que pudesse interferir minha paz e, no entanto, até então, só havia tido desencanto com as atitudes incompatíveis dos que estavam comigo. Não tinha jeito, já havia tomado, não tinha como buscar outro lugar ou voltar atrás sem causar problemas maiores. Então firmei o exercício mental do auto controle e encontrei na paciência a luz do entendimento e o aconchego da serenidade. E assim seguimos cada um na sua, até a praia que contrastava com a pressa das coisas feitas de qualquer forma, e confirmou o convite a uma viagem mais individual.
A praia estava mais linda do que nunca; maré baixa, o céu límpido, extenso, o mar muito calmo, o lugar completamente deserto. Diminui o passo de forma que fiquei atrás sozinha e mais a vontade, livre de espírito. Quando vi a espetacular paisagem em que estava não pude deixar de agradecer o privilégio e sorri internamente na certeza de que o dia seria revelador e pacífico. Entendi ali que estamos exatamente aonde queremos, porque buscamos.
Não tive os incômodos iniciais, sentei-me numa sombra perto das falésias, meu pai ao longe no mar, Juan caminhou para um lugar ainda mais remoto. Cada um encontrando a si mesmo, ao menos era o que eu estava fazendo desde o início. Fiquei em posição de meditação, olhei de viés para me certificar que não seria interrompida e respirei calmamente com o pensamento completamente vazio e a alma leve. As nuvens se movimentavam formando desenhos. Em todo o espaço de ar eu via caleidoscópio, como uma teia imensa perfeitamente desenhada em flores de lótus, pequeninas e poderosas. Nesse momento de despretensão ou qualquer peso o transe aconteceu e sobre esse lado de lá, é impossível descrever, menos pela subjetividade inefável das revelações que pela falta de vocabulário existente nesse plano.
Como as palavras limitam a essência, me limito a não tentar descrever os transes, apenas deixo claro que estar nesse estado de consciência é como ver ruir tudo que até então havia, e abrir-se para uma nova possibilidade de ser Vida. Estive com entidades divinas, vi seres, senti a vibração do universo, verdades me foram reveladas. Ao longo dos relatos esmiuçarei sobre esses elementos sábios da simplicidade da natureza. Estive no universo espiritual de Buda, totalmente desassociado de qualquer apego. Entregue na plenitude serena da vida. Um momento totalmente liberto do ego. Uma sensação indescritível.
Meu pai vinha saindo do mar em direção onde eu estava. Tornei a concentrar para não sofrer com a interferência. Ele puxava toda a atenção para ele, falava muito e tentava controlar uma situação naturalmente livre. Era de certa forma um desrespeito com a privacidade do outro, mas também uma fraqueza claramente revelada, atrelada ao egoísmo; a carência. Durante toda a sessão aquela condição espiritual limitava meu pai. Ele ainda não estava pronto para a entrega da alma porque a máscara da superficialidade não permite enxergar a profundeza do além-físico. Ele não podia se ver por dentro, por puro medo do desconhecido. Passamos a vida inteira nos apegando a conceitos no qual nos identificamos, afunilamos a sabedoria da fluidez e bloqueamos as novas possibilidades de pontos de vista. Tudo autoafirmação para preencher um vazio que só aumenta. O vazio das coisas sem sentido, do falar por falar, sem alma, sem amor. O vazio da vaidade, a necessidade de estar em evidência para os outros, por puro medo de estar em evidência para si. Não é preciso se mostrar quando já se é.
Havíamos comprado algumas frutas no mercado de Pium; maçã, laranja, uva... Eu estava no mar boiando e vendo a maravilhosa amplitude do céu quando me pai mais uma vez me interrompeu com o susto da sua presença abrupta, me oferecendo um pedaço de laranja. Não, não tinha necessidade alguma. Pouco tempo depois a mesma coisa aconteceu, recusei novamente. Na terceira insistência, eu estava dentro de um transe. Ouvia sua voz chamar meu nome muito longínquo. Eu estava transformada na essência, numa sensação plena de bem estar, leveza e conexão com o universo. Meu espírito, não sei explicar como encontrou-se com o espírito de uma grande amiga Cinthia, que naquele momento, se encontrava em coma induzido devido a uma crise de Lúpus em Brasília. Houve bastante contato com seres, e ao mesmo tempo estavam todos dentro de mim. O momento era de total entrega e entendimento. Mas alguém insistia em chamar meu nome. Quando enfim despertei do transe, meu pai me olhava quase com súplica, com um pedaço de laranja na mão “Shauara, aceite por favor.” Falei que estava satisfeita, realmente não queria. Ele não se acalmou, como se lhe incomodasse o meu autocontrole. Ele disse que das duas vezes anteriores que havia me oferecido a fruta e eu recusei, a laranja ficou ruim na hora. Tinha a certeza de que se eu aceitasse, ele poderia comer o resto da laranja, porque assim não ficaria ruim. Aceitei o pedaço a contra gosto pelo cansaço da insistência e mal pude mastigá-la, não que estivesse ruim, mas o meu estado de leveza não pedia a ingestão de absolutamente nada. Depois ele falou que de fato a laranja na qual aceitei um pedaço tornou-se toda doce e macia em seu paladar.
Juan ficou a maior parte do tempo sozinho. Parecia compreender o silêncio e a observação. Contemplava a beleza de tudo imerso em suas revelações. Fiz uma caminhada pela areia quase beirando as falésias, na tranquilidade da não existência do tempo. De repente um barulho me fez ver o momento exato da queda de um animal. Ele me espiava de cima da falésia e caiu na base íngreme da argila. Olhei para o iguana, cumprimentei-o e pedi licença para sentar “posso ficar aqui?” perguntei duas vezes e observei seu semblante que me respondia positivamente. Sentei-me numa pedra bem de frente para ele. Era lindo, de um verde exuberante e compartilhei sobre sua beleza. Estávamos em harmonia, conversamos em silêncio de mútuo entendimento. Até que olhei para o lado e lá vinha novamente meu pai. Outro esforço para não ficar tensa pela invasão dos momentos.
Ele se aproximou do bicho que se sobressaltou um pouco. Seus olhos ficaram atentos e temerosos. A mesma invasão que eu sentia era como se estivesse de dentro do mundo do iguana, vivendo a sua natureza sem perturbar ninguém e, no entanto sofria abordagem. Ficou um pouco agitado e tentava voltar para a parte superior da falésia. Meu pai quis ajudá-la a voltar. Eu via claramente que o animal não precisava de ajuda alguma, estava na casa dele e tinha a liberdade da fluidez. Não queria ser invadido, nem forçado a nada. Meu pai não enxergava dessa forma e forçou a barra, mais uma vez, como se precisasse mostrar ao próprio ego que tinha algum poder de ajudar, quando na verdade, o animal não pedia ajuda alguma. Ele puxou o galho de cima da falésia e empurrava na cara do bicho, que virava rispidamente numa expressão tensa de desagrado. Eu me incomodava com a agressividade do mal entendido e insistia para que ele parasse e deixasse-o em paz. Ele, porém continuou. O iguana lançava seu poderoso rabo como uma chicotada de defesa. Era óbvio o incômodo desnecessário e cruel que meu pai causava nele. Sai de perto pela angústia do medo transparecido pelo belo réptil, e porque já não suportava o comportamento infantil de meu pai.
Voltei orando pelo iguana, o sentimento de cumplicidade me fazia desejar fortemente que ele ficasse bem. A nossa interação havia sido significativa, embora breve. Eu o entendia, mais que isso, podia senti-lo. Sentei-me longe e voltei a concentrar a mente na leveza da respiração. Puxava o ar pelo diafragma e canalizava a paz no umbigo, que tratava de fluir leveza pelo corpo todo através do próprio ar interno. Já quase sentia a alma elevar e transcender o plano quando vinha meu pai, caminhando meio cabisbaixo em direção a mim. Sentou-se ao meu lado e disse que tinha ajudado o iguana a voltar para cima da falésia. Respondi sem entusiasmo “que bom” e tornei ao silêncio. Ele esperou que eu perguntasse algo e vendo que não me interessou detalhes, começou a falar que iguanas perdem o rabo em algumas situações e depois conseguem regenerar. Achei o papo um pouco estranho e quis saber o que ele me escondia. Acabou confessando que o iguana verde caído havia desmembrado seu rabo e pulado de volta com agilidade. Fiquei chocada e perguntei o porquê de tamanha agressão. O nível de estresse que meu pai causou no bicho o fizera chegar ao auge da tensão e por impulso de proteção soltou o rabo e pulou de volta a falésia. Quis saber prontamente “qual foi a sua ajuda?”. Ele respondeu meio envergonhado “ela conseguiu voltar”. Fiquei injuriada! Como assim? O fim foi alcançado sem importar-lhe o meio.
Imagina chegar pessoas que você não conhece em sua casa, que sequer convidou, sem importarem saber se você está disponível para recebê-las, usufruírem do seu lar, da sua comida, do seu espaço. Deixar tudo sujo, enfiar coisas na sua cara, causar pânico e terror na sua harmonia, sujar tudo e ir embora arrancando um pedaço de você, da sua paz? É a mesma ausência de noção e respeito que infelizmente meu pai havia feito sob a intenção imprudente de se julgar no direito da interferência imposta. Não podia acreditar no que aconteceu e mais uma vez trabalhei com a paciência de respirar fundo, fechar os olhos e respeitar os níveis de consciência de cada um. Voltei lá e encontrei seu rabo. Tive muita vontade de chorar e pedi desculpas com toda a força e sinceridade do meu coração para que o pedido chegasse até o belo animal, e o confortasse de alguma forma.
Caminhei até onde estava Juan, embaixo de uma pequena árvore, numa sombrinha providencial, e sentei-me ao seu lado. Comecei a sentir o início do chamado para o transe, sentei na sua frente para apoiar meu corpo e deixei que a cabeça caísse sobre seu peito. Já não era eu nem tinha força para o movimento desse mundo. A cabeça balançava de um lado ao outro, apoiada no peito dele. Eu não controlava o gesto. Via tudo em energia, de forma que a imagem da praia ficou em segundo plano, em meus olhos um véu energético meio branco, meio transparente, a sensação de deslumbre e agradecimento com aquele maravilhoso momento. Logo vertiam lágrimas sobre a face, sem esforço algum, apenas sentia molhar levemente meu rosto como uma massagem, doce de tanta infância e pureza, como um voo de encontro ao sol na mais perfeita sensação de iluminação espiritual. Foi um choro de libertação, de mudança, de espontaneidade, de recompensa, de amor, de emoção plena, de agradecimento, de humildade, de entendimento, um encontro com o Supremo.
Quando voltei do transe, vi Juan chorando muito. Era desarmado e profundo. Um choro esforçado como se tentasse acarinhar uma dor. Como se aplumasse a alma e limpasse o coração. Ali, ainda bastante emocionado me falou que chorava porque havia presenciado meu transe e viu toda a luz que me envolvia. Viu a forma mais pura que tive o privilégio de alcançar. Falou-me o quanto eu era especial e o quanto ele se sentia impuro diante minha sinceridade. Fiquei verdadeiramente suave com sua percepção sentimental das coisas puras. Feliz, porque pela primeira vez Juan estava totalmente centrado em seu aprendizado, encarando a si mesmo, enfrentando a verdade do próprio defeito quase natural humano egoísta. Ali ele me disse que na última sessão dele com os cogumelinhos, quando pensava em mim, meu rosto sempre aparecia rodeada por borboletas. Foi um momento extremamente bonito.
Voltei ao mar, para me tornar um ser marítimo de tão bem que sentia deslizando nas subjetividades da água. O mar envolvia meu corpo balançando-o de forma a fazê-lo dançar. É o máximo do desapego ao controle do corpo. Não controlava nada, nem prendia, nem movimentava, mas estava sendo conduzida, de dentro para fora, àquele ritmo que parecia mais um ritual de libertação. Novamente senti o chamado para mais um transe, olhando para dentro e além do caleidoscópio de energia no céu, vi vários rostos, entidades espirituais divinas, que surgiam e se transformavam. Numa das mudanças de faces, vi a minha própria face, lá no alto do céu, bem no centro minúsculo de uma florzinha de lótus, dentre as infinitas que cercavam todo o espaço. Era como se tivesse dentro da parte interior dos meus olhos e ao mesmo tempo vendo-os na distante direção do céu; eu energia encarando o eu corpóreo. Todas as sensações num só sentimento de plenitude. Um esvaziamento de buscas e a verdade estampada da luz gratuitamente em minha retina. Uma vibração paralela onde havia muita paz e principalmente formada de luz; nítida, infinitamente bela e necessariamente viva.
O sol ainda nem se punha e meu pai que fumava muito, pedia para ir embora. Algo dentro dele mesmo o incomodava. Dava para ver claramente. Não é de qualquer forma que se prepara para uma experiência dessas. Uma planta de poder guarda em si os segredos dos homens e revelam a indescritível inteligência da natureza. Banalizar a coisa é também um ato egoísta de não respeitar as outras vidas e o não enfretamento consigo mesmo. Para desprender-se do peso é preciso reconhecer os próprios defeitos, não negá-los. Para ser puro é preciso entender-se pequeno e se dispor inteiro para o bem coletivo. Meu pai teve crises de risos nas sessões anteriores e agora ria quase com dificuldade. Seu passo não era espontâneo e as coisas que saiam de sua boca pareciam forçadas, demonstrando insegurança.
É muito difícil relatar sobre essas impressões e atitudes do meu pai. Mas também não posso negar a sinceridade que firmei comigo mesma ao escrever os relatos. A proposta é viver na verdade. Sempre tivemos uma cumplicidade muito forte justamente por nos entendermos e nos reconhecermos no outro. Agora, porém, nossos entendimentos se distanciavam. Vibrações distintas. Encontrei um sentido de vida e respeito ainda mais a Natureza pela grandeza e sabedoria. De forma que entendo a importância da cautela em tomar qualquer atitude que possa desarmonizar o todo. Ele estava ansioso e inquieto, queria ir embora. A poluição da fumaça constante de seu cigarro quase me irritava. Quase, porque dentro de mim um amor imenso me fazia entender suas atitudes desastrosas. Por mais que usemos maquiagens para aparentar ou compensar a essência não deixa de revelar o estado de consciência da pessoa. É implícito para alguns e outros veem claramente. Quando não se está bem, a primeira perda é a serenidade. A agonia e a ânsia só evidenciam uma enorme falta. Não há disfarces para a alma.
Com todos os contratempos a experiência foi transcendental e maravilhosa. Firmei no meu silêncio a calma para prosseguir no aprendizado. Sinto-me cada vez mais privilegiada pelos acontecidos e a cada nível nunca mais sou a mesma. Morre sempre um pouco de mim, um pedaço apodrecido do ego. Entendi que viver no Amor é uma escolha de conviver incessantemente com a paciência.
* Experiência vivida em 2013