A beleza, o medo e a coragem
Apostando corrida com o mundo, um carrossel também girava, eu girando pelo mundo, ao carrossel contemplava, um bando de cavalos, presos em pinos, onde pessoas se aventuravam.
À frente uma garotinha, que o sorriso a falta de um dente mostrava, era a beleza, e a fila de animais ela arrastava; em seguida vinha um garoto, que de medo os olhos fechava, não via a nada por onde passava, pois a coragem dele se esquivava; mais atrás um garoto, um caçador, um príncipe levado, sorria, ganhando tudo que o mundo a ele levava.
Repetia-se, e repetia-se a cena, então a garotinha, com o sorriso o mundo encantava, e o mundo a ela se entregava; ao menino um ela dava passagem, mas ele não via, e às crinas do cavalo mais se agarrava, perdia o mundo, que a ele também se ofertava; e o menino dois, que nada perdia, até da menininha um sorriso ganhava, galopava por entre búfalos, e céu coberto de gansos selvagens, fazendo sombra, para ele, e para o mundo, que à valentia se dobrava.
Vinha de novo, a menininha que se fez namorada; o menino um, que do medo a oportunidade negava, e o menininho dois, que rompendo o espaçamento, e ultrapassando quem de olhos fechados cavalgava, alcançaria a menininha, e sairiam, ainda no mundo girando, vendo a graça e a vontade de mãos dadas