Mãos Vazias
Onde estão os valores
Que acalmam o coração
Seriam os tais penhores
Que ao viver dão razão
Onde estão as flores
Que eu trazia em minha mão
Se desfizeram pelas dores
Nas ciladas pelo chão
Dores dos que choravam
E clamavam por perdão
No anseio de uma chance
Um escape, uma saída
E a súplica por salvação
Lágrimas que se misturam
Com a chuva de verão
São também elas que curam
Do vazio a saudade a solidão
Dos socorridos pelo amor
Do amigo que estende a mão
Restam vagas lembranças
Da vitória sem comemoração
E mesmo à distância
Marcas profundas no peito
São a única recordação