Mãos Vazias

Onde estão os valores

Que acalmam o coração

Seriam os tais penhores

Que ao viver dão razão

Onde estão as flores

Que eu trazia em minha mão

Se desfizeram pelas dores

Nas ciladas pelo chão

Dores dos que choravam

E clamavam por perdão

No anseio de uma chance

Um escape, uma saída

E a súplica por salvação

Lágrimas que se misturam

Com a chuva de verão

São também elas que curam

Do vazio a saudade a solidão

Dos socorridos pelo amor

Do amigo que estende a mão

Restam vagas lembranças

Da vitória sem comemoração

E mesmo à distância

Marcas profundas no peito

São a única recordação

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 09/11/2015
Reeditado em 30/11/2015
Código do texto: T5443595
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