A cidade que eu moro

Minha cidade mistura-se ao verde e ao pôr-do-sol,

O vento varre a cabeleira das árvores, carrega perfume das flores,

E desalinha os meus cabelos; nem escolhe estações.

Há construções antigas, sépias, pedindo socorro para sobreviver

e as construções novas respiram luzes e cores.

A cidade que eu moro é uma pintura pendurada na parede do tempo, onde cada um usa o seu pincel com a cor que lhe convier.

É uma vastidão de terras, divididas e subdivididas, ora naturais, ora cobertas pelo negro piche, asfalto em suas divisórias meio fio.

Às vezes eu olho e vejo que tem até céu no chão.

Aqui, os pássaros não têm hora para cantar, às vezes na madrugada ouvem-se alguns, aproveitando o silêncio para suas declarações de amor.

Há quintais com jabuticabeiras e as mangueiras frutificam nos canteiros das ruas.

Minha cidade tem igrejas de todos os credos, pessoas de tonalidades díspares, como as flores.

O meu mundo é muito simples, quisera eu que a minha cidade fosse harmoniosa como um presépio de Natal.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/11/2015
Código do texto: T5443012
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