Intervenção-decaedro: o medo da chuva ardósia.

Há luz atrás dos livros, como se não fossem páginas de escravidão e demência. Abro e denuncio o grande azar inspirado por você.

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Assim começa o inútil.
Na verdade, tudo pertence aos olhos, a visão e aos grandes cercados de prudência. Assim, entre o “útil” e “inútil”, a vida segue laminada - quase incoerente ao fato -, com dor e magnificência.
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Assim segue a face concreta.
Isso não é uma demonstração audível. Não “escrevo falando” - declamando, recitando - o dom maiúsculo do fracasso que me carrega. O canto da boca pra sempre terá o ângulo negativo - eis o que ocorre por esperar demais. Somente os sorrisos retardam o vício do ódio - é muito desastroso - enquanto meu rosto murcha como um crisântemo fora de si, sem sequer realizar-se como flor.
Mastigue uma pétala e verá - branda como a noite.
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Assim a lembrança branca torna-se vidência.
Se bem espero ao que sei relatar, eis uma página marcada:

Esse não é o tipo de
realidade que ainda existe;
não como a frágil descrença,
não como meu próprio medo;
-
O pêndulo existiu no
momento em que despertei:
meus órgãos tornaram-se barbantes -
caros barbantes
;”

§

Se nas paredes existisse um lar, litros de álcool ajudariam a afiar meus dentes.

§

E continuando, localizado em um quinto medo através de meus olhos, sabemos que o inferno conta mais do que simples vitórias do Diabo sofredor.
Molho meus cortes de (sub)alívio - sem vergonha de praticá-los.
-
Assim começaria o metal e a água.
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 07/11/2015
Reeditado em 08/11/2015
Código do texto: T5440611
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