O Homem Que Queria Verter Água
Nesta época estava morando no Amazonas na cidade de Parintins, Trabalhava em um hospital chamado Padre Colombo, Enquanto a reforma acontecia prestamos serviço nas instalações de um prédio no Centro da Cidade muito grande que havia sido construído por um grupo de médicos , Os mesmos haviam cedido para que o hospital funcionasse de comum acordo também com o município e a diocese.
Quando houve a inauguração, tudo estava muito bonito, instalações novas, aparelhagem nova, fazia gosto! Cada enfermaria tinha ar condicionado e banheiro próprio em mármore branco. Uma semana após a inauguração recebemos um paciente homem, vindo do interior do interior. Na enfermaria masculina só estava ele internado. Quando me chamaram para resolver uma questão simples, pois o homem queria verter água. Esta expressão eu já conhecia e havia escutado a mesma em um hospital no interior de Pernambuco e sabia que era simples, ele queria urinar. Lembrei também que certa vez escutei alguém dizer homem não urina, não faz xixi, nada de história de micção e nem de diurese. Homem mija. Ao entrar na enfermaria me chamou a atenção um homem de meia idade, alto, indo de um lado para outro, quase se jogando pelas paredes e um bando de técnicas correndo de um lado para outro tentando fazer o homem verter água. Ele de braguilha aberta, segurando as calças com uma mão e a outra mão gesticulando a sua angustia. Eu perguntei esta com bexigoma e as técnicas me disseram, acho que não , mas ele não deixa ninguém ver, não deixa ninguém se aproximar. Então saiam e fique só uma de vocês comigo. Então saíram e o homem não parava de andar como um louco por dentro da enfermaria. Passei por ele que parecia enlouquecido, entrei no banheiro, levantei a tampa do vaso e disse: Verta água aqui. E fiquei em pé junto à bacia sanitária. Eu não posso. Mas é aqui perguntou? Eu disse: Sim aqui. E agora. Ele colocou o pênis para fora e mijou. Parecia que estava aliviado, e que se acalmava. Antes que terminasse sai e fiquei na porta do banheiro, esperei que terminasse. Ele se balançou, atacou as calça e disse: A senhora é uma mulher muito fina e me viu verter água. Eu disse: Já vi cousas piores, mais difíceis. Já ouvi homens dizer que iam mijar em cima de uma mulher. Podia me explicar porque não verteu água antes? Ele me disse: Eu nunca usei uma coisa dessas antes, não sabia que podia fazer minhas necessidades aqui, tudo tão limpo, nem onde como é tão limpo, tudo brilhoso, asseado.
O senhor não me parece um bicho do mato, fala simples e bem, aparentemente é cordial e não é como outros homens. O senhor verte água. Fico feliz em conhece-lo. Agora já sabe como é. E se precisar de alguma orientação chame.