Viajando no surreal
Por EstherRogessi
Viajar é descobrir e descobrir-se; arregalar os olhos, em surpresas constantes e desintoxicar-se das enfadonhas mesmices; do cotidiano sufocante e da frase: “ já vi... já sei!” Durante as minhas viagens contemplei belezas inarráveis! Atravessei mares, escalei montes e montanhas, sorvi a brisa das cálidas manhãs em lugares distantes. Maravilhei-me com o sol beijando o mar... Aprendi e ensinei, regozijei-me e pasmei... Até que a vida disse: STOP! É hora de mudança e convidou-me a uma viagem diferente. Disse-me: Guarde às malas, feche os olhos, desarme-se de qualquer relutância... Voe mansamente...!
Adentrei o meu eu... Transformei-me em aeronave: “um Jumbo!” Quase ensurdeci com os gritos que calei... Coloquei protetores nos meus ouvidos, e, por breve momento observei o trabalhar ensurdecedor do meu coração... Gritei: Deus! Essa máquina pode parar a qualquer momento!
Aterrorizada mudei-me, para a primeira classe: vi o meu cérebro enlouquecido, irradiando ondas de comandos para o meu corpo... Não! Quero desembarcar!
Mais uma mudança: mergulhei, não onde estou, no meu corpo, mas no que sou!
Vejo o invisível... O meu lado imortal e eterno! Enfim, paz!
Agradaram-me os sentires, dentre eles..., a fé e a esperança de ser feliz. Algumas vezes, fui!
O tempo, fez-me perceber que a felicidade, também, se encontra nos momentos amenos, comuns e ternos... Quando vivemos às intempéries da vida, os buscamos, nas paredes das nossas memórias – comumente, a serenidade encontrada na contemplação de um mar calmo, é acrescida e valorizada, durante os tsunamis que nos sobrevêm.
Na viagem dos meus sentires lembrei-me dos conselhos de minha mãe... Ignorei, alguns deles... Por que lamentar às feridas da desobediência? Adquiri experiências...
Nessa introvertida viagem arrependo-me, de uma única coisa: de não ter tido mais filhos. Amo-os!
Lembro-me, ainda, do meu aniversário passado e do presente inesquecível que recebi de minha filha... um e-mail, no qual escreveu: “ Mainha... Parabéns por seu aniversário, louvo a Deus, porque quando a senhora nasceu, exatamente nesse dia, começou a minha história!”
Desembarquei! Estou pronta para a próxima viagem.
Por EstherRogessi
Viajar é descobrir e descobrir-se; arregalar os olhos, em surpresas constantes e desintoxicar-se das enfadonhas mesmices; do cotidiano sufocante e da frase: “ já vi... já sei!” Durante as minhas viagens contemplei belezas inarráveis! Atravessei mares, escalei montes e montanhas, sorvi a brisa das cálidas manhãs em lugares distantes. Maravilhei-me com o sol beijando o mar... Aprendi e ensinei, regozijei-me e pasmei... Até que a vida disse: STOP! É hora de mudança e convidou-me a uma viagem diferente. Disse-me: Guarde às malas, feche os olhos, desarme-se de qualquer relutância... Voe mansamente...!
Adentrei o meu eu... Transformei-me em aeronave: “um Jumbo!” Quase ensurdeci com os gritos que calei... Coloquei protetores nos meus ouvidos, e, por breve momento observei o trabalhar ensurdecedor do meu coração... Gritei: Deus! Essa máquina pode parar a qualquer momento!
Aterrorizada mudei-me, para a primeira classe: vi o meu cérebro enlouquecido, irradiando ondas de comandos para o meu corpo... Não! Quero desembarcar!
Mais uma mudança: mergulhei, não onde estou, no meu corpo, mas no que sou!
Vejo o invisível... O meu lado imortal e eterno! Enfim, paz!
Agradaram-me os sentires, dentre eles..., a fé e a esperança de ser feliz. Algumas vezes, fui!
O tempo, fez-me perceber que a felicidade, também, se encontra nos momentos amenos, comuns e ternos... Quando vivemos às intempéries da vida, os buscamos, nas paredes das nossas memórias – comumente, a serenidade encontrada na contemplação de um mar calmo, é acrescida e valorizada, durante os tsunamis que nos sobrevêm.
Na viagem dos meus sentires lembrei-me dos conselhos de minha mãe... Ignorei, alguns deles... Por que lamentar às feridas da desobediência? Adquiri experiências...
Nessa introvertida viagem arrependo-me, de uma única coisa: de não ter tido mais filhos. Amo-os!
Lembro-me, ainda, do meu aniversário passado e do presente inesquecível que recebi de minha filha... um e-mail, no qual escreveu: “ Mainha... Parabéns por seu aniversário, louvo a Deus, porque quando a senhora nasceu, exatamente nesse dia, começou a minha história!”
Desembarquei! Estou pronta para a próxima viagem.