Manhã de amanhãs

Hoje te vi pela manhã.

Seu rorriso era vento de mar.

Pela fresta, a mesma fresta que outrora entrava a luz da lua.

O vento gritava sua atenção.

Seus cabelos era como barcos no outono.

Só não tinha sons. Mas eu os imaginava rimando com seus movimentos

Ria um riso sem desespero.

Serena como rio caudaloso.

Trocava de roupas, várias roupas.

Seus olhos suplicavam aprovação

As vezes olhava não sei pra onde.

E se perdia em terras estranhas..

Mas sempre voltava procurando repouso.

E se perdia de novo nesse indo e vindo.

Mas sempre voltava.

Essa manhã quis pra pra todas as manhãs.

Mesmo um pouco longe.

Mesmo um pouco triste.