UM E-MAIL DE SAUDADES.

 

 

Imaruí, SC 27/06/2007

 

 

Bom dia Chandinha!

 

 

 

Hoje, o dia amanheceu chovendo e triste, e a natureza somente me oferece esse clima propício para curtir a solidão e a saudade de ti.

Estou escutando Enya, e a interiorização que essa música me proporciona, sem querer, me engravida de saudades de ti, fazendo com que eu sinta uma louca vontade de abraçar esse teu corpo que sempre afirmaste ser somente meu.

Eu não sei se isso o que estou sentindo é um efeito da solidão ou, é realmente esse amor indizível e misterioso que se atracou em mim, por ti, e que me faz sentir assim.

O que eu sinto minha linda são somente saudades e uma vontade louca de acariciar as tuas bonitas mãos, beijar os teus lúbricos lábios e me encostar junto ao teu corpo, esse meu eterno e quente porto de carícias.

O fato é que hoje, eu senti que fomos e estamos totalmente costurados com o cordão invisível do amor, e dele, jamais escaparemos minha linda.

Agora, eu vou sonhar-te juntamente com a nossa casinha planejada lá no alto daquele morro, com uma vista panorâmica, só nossa, para a lagoa.

Lá, um dia, sentiremos o vento brando e fresco vindo da lagoa, a sinfonia natural no gorjeio dos passarinhos e o cantarolar alegre do pescador em alto mar.

À tarde, abraçados e envolvidos pelo murmúrio do silêncio nos quedaremos ante a lindeza das bromélias e das orquídeas, plantadas nas horas nuas de nossas vidas.

Se eu sou um poeta, realmente não sei, eu só sei que gosto de dizer essas coisas para ti.

Ah, e se ainda me queres, por favor, responda-me com um beijo perfumado de rosas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 27/06/2007
Reeditado em 10/07/2007
Código do texto: T542870