NÃO DESCARTE, RESGATE!

Deus!

No ápice de suportar Sua infinita solidão negativa, no auge da carência de amor, e, também , vaidade, exacerbou e Despojou-se de Seu Ego, querendo em tudo ser Visto à Luz !

Inspirou-se Todo em si e Expirou. Explodiu num Big Bang..

E conseguimos Reconhecê-lo em toda Sua Obra!

O vemos nesse mundo, como que camaleando em tudo... ora verde esperança supérfluo nas relvas e jardins, ora aprofundado nas florestas, mullticor beijando flores , e mui sutil borboletando, prá lá e prá cá...

Em momentos, nos tira o fòlego: azulão-rei na linha do horizonte, no encontro abraçado céu e mar, e nos acalma platinado, em rochas serenas orvalhadas.
E querendo, conseguimos delicadamente Colhê-lo com as mãos, brotando em tudo que plantamos, ou Repassado por mãos alheias...

E, ao olhar para o infinito, enxergamos-O, piscando seus plácidos olhinhos estelares... incontáveis multiplicados e infindos, cabendo dois refletores para cada criatura criada.

Porém, ante essa constatação de vaidade, sugerindo Sua Presença no Tudo Seu Criado, harmoniosamente perfeito, e, também, no ápice da humildade, Encolheu-se à uma ínfima Partícula, que sabe-se que existe, mas não se mostra...
Até os mais fervorosos e incessantes cientistas A buscam, querendo comprová-la, mas, creio que, distraidamente, não A notam, derradeiramente, presente no ar que aqui respiramos, elemento básico não palpável e invisível, e que bastam minutos para não O termos inspirado em nós, crédulos ou incrédulos , Faz sucumbir a olhos vistos.

Contudo, ao meu sentir, penso haver Nele uma fraqueza: Exclusivista.
Para que consigamos Enxergá-lo Face a face, só deixando de existir em matéria, nos encolhendo num retorno, como um resgate... retornando-nos à ínfima partícula de seu Tudo, perceptível, mas invisível como Ele.

Todavia, enquanto isso não acontece, Preocupado com Sua Forma, Generosamente repartida estilhaçada, nos veste como uma segunda pele elaborada, e nos sentimos, parcialmente, felizes e gratos, encobrindo Suas Ranhuras e Cicatrizes...