O ANDARILHO

   Sigo caminhando pela estrada dessa vida, por vias , muitas vezes pedregosas; qual peregrino ou andarilho sem destino certo.
   Não consigo divisar o fim dessa estrada que me parece difusa, confusa, indefinida...
   A linha do horizonnte, por vezes, parece confundir-se com o céu, nublado  e tempestuoso; porém, lá, eu imagino como se u'a mão misteriosa acenasse para mim, chamando-me... Eu sei que é a tão sonhada e por vezes utópica felicidade.
   Motivado, eu continuo a caminhada, já um pouco cansado, mas com um passo firme, pois tenho os pés calçados com as sandalias da esperança; levo na mochila da alma um punhado de tristeza, uma porção de saudade e muita frustração; tudo velho e surrado pelo tempo: Foram presentes recebidos de amores fracassados; relíquias já inexpressivas de um passado ditoso as quais espero depositar no museu da felicidade, quando lá chegar.
   Então, nada mais representarão; serão apenas tristes recordações sem nenhum valor para mim.


 H. Siqueira, 2015.
HSiqueira
Enviado por HSiqueira em 20/10/2015
Reeditado em 20/10/2015
Código do texto: T5420837
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