Um sono a dois...

Caminhos feitos de pano

Sujos de barro de puro amanhecer

Não nos interroga tal abandono

Nem nos enaltece a saga do poder;

O que não vale ou que pode nos valer

É a certeza de que estaremos reféns do sono...

Teu corpo me chama, e as vezes te chamo

Para voltarmos juntos a sina do vencer

Para vivermos a intensa razão de viver

Por noite a dentro ou ao amanhecer

Teu corpo me chama e as vezes te esqueço

Em qualquer esquina tortuosa do amor

Onde volta a nobreza cercada de dor

Apenas para provar-me tudo o que já mereço...

Caminhos cheios de sono

Límpidos de sonhos da vida tão real

Estão a nosso alcance rumo ao nosso trono

e se esquecem de nós mesmos a cada momento final...

sergio canuto
Enviado por sergio canuto em 19/10/2015
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