Um sono a dois...
Caminhos feitos de pano
Sujos de barro de puro amanhecer
Não nos interroga tal abandono
Nem nos enaltece a saga do poder;
O que não vale ou que pode nos valer
É a certeza de que estaremos reféns do sono...
Teu corpo me chama, e as vezes te chamo
Para voltarmos juntos a sina do vencer
Para vivermos a intensa razão de viver
Por noite a dentro ou ao amanhecer
Teu corpo me chama e as vezes te esqueço
Em qualquer esquina tortuosa do amor
Onde volta a nobreza cercada de dor
Apenas para provar-me tudo o que já mereço...
Caminhos cheios de sono
Límpidos de sonhos da vida tão real
Estão a nosso alcance rumo ao nosso trono
e se esquecem de nós mesmos a cada momento final...